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segunda-feira, 1 de abril de 2013
No Vale das Sombras da Morte
Estou esperando pelo medo, a dor ou desespero
espero por aquele que chegar primeiro.
Sinto frio mas isso é tudo oque sinto. Estou amortecida.
Tento refletir sobre a minha vida, mas não há nada
para lembrar, nada para lamentar.
Tento manter a mente clara, não me resta muito tempo.
Pois quando a lua estiver cheia e iluminando a noite
eu me tornarei parte da escuridão e lentamente
para mim o fim se aproximará. Finalmente!
Eu poderia perder o meu tempo dizendo minhas ultimas
palavras, mas elas sairiam voando e apenas gritos
seriam ouvidos e eu não quero que pensam que estou
com medo pois na verdade eu nunca tive medo de morrer.
Na verdade eu não sei porque estou chorando,
não tenho motivos para ficar, nem grandes feitos dos
quais me arrepender, tudo esta claro e limpo em minha mente
finalmente eu consigo enxergar a realidade de que tudo
na minha existência nunca passou de uma estranha ilusão.
Se alguém pudesse me ver agora talvez pediriam para
que Deus tivesse piedade da minha alma,
mas a verdade é que se Deus tivesse alguma piedade
nunca teria me deixado nascer.
Sim, acho que finalmente encontrei o meu fim
em algum lugar entre um gole de vinho e uma lâmina afiada.
Não, não quero que tenham pena, pois eu não sinto
muito por nada disso, pois enquanto o sangue escorre
por meus pulsos o véu é lentamente retirado de meus olhos
e eu posso enxergar a verdade claramente.
Deve ser assim que as pessoas se sentem antes de morrer,
como se um filme passasse diante de seus olhos,
mas esse não é um filme que eu quero assistir,
sem mais demoras, sem meias verdades, sem piedade,
será que não posso ao menos morrer em paz?
Pois no fim de tudo a vida não passa de uma mentira
na qual nós todos escolhemos acreditar.
*(Inspirado na canção do Iron Maiden, Hallowed be thy name)
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