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segunda-feira, 1 de abril de 2013

A Incisão, a Dor e a Felicidade que ela causa.



Perdida nas sombras de mais uma noite
quando as nuvens escuras encobrem qualquer vestígio 
da luz prateada que poderia vir da lua e das estrelas,
Aqui, aos poucos, minha alma também escurece
e lentamente eu perco qualquer noção de realidade.
Sozinha comigo mesma, apenas a dor é minha companhia,
uma dor que cresce a cada segundo e que aos poucos
rouba a minha respiração e eu já não respiro mais.
Uma incisão profunda em meu coração, pedaços retalhados
de sonhos pontiagudos me rompem a carne e eu sangro 
em minha eterna tristeza e desesperança.
Era uma vez um amor que foi bonito mas que lentamente
se tornou negro como uma tempestade de janeiro onde
qualquer luz do sol é substituída pelo tormento,
tudo oque restou do amor é o tumulo que ele me construiu
onde uma vez repousei e por você chorei ao som de 
um sussurro ritmíaco que cantarolava em melodia assustadora.
O tempo não foi capaz de curar as feridas que em meu
coração romperam, o sangue nunca foi estancado, 
as lágrimas que de meus olhos sempre caem nunca puderam
ser secadas e essa é uma porta que nunca poderei fechar.
Oque sua presença causa em mim não pode ser descrito
em simples palavras, pois existe algo escuro em cada
letra que escrevo ao falar de você, a vida e o amor nunca
mais foram os mesmos desde que você tocou em meu coração.
E essa incisão continua aqui se aprofundando cada vez mais
e você se alimenta da minha dor como um vampiro que
se alimenta do meu sangue, e todas esses sussurros continuam
me atormentando e me levando a loucura cada vez que
penso em você, cada vez que tento entender ou esquecer.
Estou presa nesse ciclo vicioso, nessa vida amaldiçoada
onde me dói amar você mas doeria ainda mais se não lhe
conhecesse, pois de solidão certamente morreria.
Eu não sei porque continuo chorando, quero parar de sentir
essa dor porém tenho medo de morrer, acho que nada me resta.
Sem fim é a dor que me atormenta e mais ainda a felicidade 
que ela causa, essa incisão queima e eu grito mais ninguém 
me ouve, doente e perdida eu caio de joelhos por minha condição
mas nunca haverá uma saída, sussurros dizem aos meus ouvidos.
Assim eu rezo para a minha solidão, eu acaricio minha incisão
eu adoeço nesse vício vampírico, nessa dor fascinante e 
apenas por um segundo agradeço por sentir. 

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