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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Minhas Duas Metades




Estou divida entre duas metades de mim mesma
sussurros sombrios aos meus ouvidos derrotando
qualquer sanidade em minha mente.
A tempestade de pensamentos está me sufocando
me encontro nadando entre oque é certo e oque é errado.
Não há nenhum abrigo ou enseada neste mar revolto
creio que me afogarei antes de começar a me entender.
Minha cabeça está girando a procura de respostas
e tudo oque encontro é um vácuo mudo e silencioso.
Uma voz fala ao meu coração dizendo que preciso
me afastar de toda essa escuridão antes que eu
me torne cinza e entorpecida,
porém os sussurros continuam me soprando palavras
de ódio e desespero, me prendendo
neste ciclo vicioso de tormento e medo.
Creio que estou perdendo toda e qualquer noção de realidade.
Estou sozinha mas sinto uma presença ao meu lado a gritar,
tenho tantas perguntas mas não existe ninguém
aqui para respondê-las.
Através da noite e da inundação eu sigo sozinha
buscando sempre aquilo que não posso ter e esperando
tocar aquilo que minhas mãos não podem alcançar.
Meu coração suplica por alguma noção de sobriedade
mas tudo oque recebe em resposta é uma nova dose de sombras.
Meus céus estão se tornando escuros, as paredes estão se
estreitando, eu tento lutar mas sou derrotada pelo medo.
Meu mar está revolto e tempestuoso, as ondas me engolfam
constantemente e me mantém submersa no medo e na escuridão.
Não existe terra a vista, não existe um barco,
estou me afogando e tudo oque consigo ver são minhas
duas metades me olhando com ironia e pena.
Meu coração está divido em dois, meu corpo não pertence
mais apenas a mim, um outro ser habita em minha carne.
Minhas duas metades.
Um anjo a minha esquerda e uma bruxa a minha direita,
eles gritam em meus ouvidos e me jogam na arena de minha vida
onde devo lutar contra quem fui, quem sou e quem querem que eu seja.
A luz e a escuridão,  as verdades e as mentiras, o sol e a lua, o céu e o inferno.

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