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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Valsa à Luz do Luar



Na calada da noite, quando todas as luzes se apagam
quando todas as vozes se calam e a cidade sucumbe ao sono..
Meus sentimentos parecem tão pálidos quando vistos através
de um místico véu, minhas lágrimas brilham como fios de prata
e lá nos céus ela reina, tão pálida em sua valsa de eternidade.
Minha dor é glorificada por sua beleza e esplendor
me pergunto como pode ser tão linda e como pode não sucumbir a dor?
Me comparo a ela em sua infinita solidão e a venero em sua magnitude
Aqui em anos-luz de distancia me dou conta de que somos
parecidas em nossa exclusão e me entristeço por me dar conta
de que seu sofrimento é infinito.
Me perco em sentimentos de pena quando deveria ter pena
de mim mesma, ela nunca foi tão indesejada e infeliz quanto eu,
ela sempre teve sua beleza gratificante com que contar
e eu oque tive todos esses anos? Qual valsa eu tenho dançado?
Antes do por do sol eu sou uma máscara de mentiras
e logo depois que a noite chega eu sou um poço de lamentações.
Minha dor jamais se cicatrizará e a beleza em minhas lágrimas
só tem real beleza quando clareada pela sua luz..
Não existe vida na solidão, tampouco existe vida na dor
não existe vida na mentira, mas tampouco existe vida
na minha verdade.
Oh se a lua pudesse iluminar meu rosto nesse momento
as pessoas veriam a minha verdadeira face e talvez em sua gloriosa
luz a beleza assim me fosse emprestada.
Na noite ela ilumina meus caminhos de dor e através dos
séculos ela tem iluminado os destinos daqueles que assim como eu
sofrem por sua imortalidade em dor..
Na noite ela existe para sempre sozinha e para sempre bela
queria eu ser como ela para até o fim de todos os tempos
poder dançar a valsa à luz do luar.
Logo após o inicio da noite, a lua se mostra branca como papel
e ao nascer do dia ela desparece, mas não antes de dançar
e eterna valsa da solidão e desespero.

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