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sexta-feira, 30 de outubro de 2015
This is Halloween! This is Halloween!
Existe alguma parte de mim que não seja escura?
Algum lugar onde o sol brilhe e as luzes iluminem
sem que as sombras apareçam para me amedrontar?
O tempo passa, eu continuo aqui com essas indagações sem respostas.
Veja, é Halloween novamente! Parece que foi ontem mesmo.
Eu queria parar o tempo nesse dia, ficar presa num eterno loop
e aqui permanecer eternamente.
Porque é escuro aqui dentro e esse é o dia em que ironicamente
todos usam máscaras, mas eu, pelo contrário,
posso me desfazer da minha;
Porque é sombrio aqui dentro e nesse dia quando todos brincam com as
trevas, eu posso me sentir normal, posso parecer ser como todos são.
Eu nunca compreendi essa fascinação com o oculto,
com o escuro, com o desconhecido;
Nunca compreendi porque sempre busquei a solidão,
ou porque as pessoas sempre se mantiveram distantes de mim.
Talvez não exista resposta, ou talvez hoje seja a resposta.
31’s de Outubro chegam e vão, mas eu estou aqui neste corpo,
nesta mente, neste coração, presa em um eterno Dia das Bruxas.
Porque é triste aqui dentro e nesse dia eu não preciso esconder,
eu não preciso usar aquela máscara de farsa
com a qual não consigo mais respirar.
Não preciso dizer que estou bem.
Porque neste dia todos os sentimentos são uma fantasia
que eu posso usar para assustar os maus espíritos que me cercam.
E eu não quero que acabe. Eu não quero que esse dia se acabe.
É a minha celebração favorita!
É aquela que se parece comigo, aquela com a qual me identifico;
É sombria, mas pelo menos é verdadeira.
Hoje é Halloween e existem tantas histórias sobre essa data,
mas no final somos apenas um monte de humanos
tentando colocar um pouco de magia nesse mundo cinza e desbotado.
Este é o Halloween, mas no final é apenas um dia como todos os outros.
Apenas a tristeza é real, a melancolia, e as sombras que dançam
nas paredes enquanto a luz da ultima vela ainda permanece
e eu escrevo como que celebrando meu próprio ritual.
Dançando nas pontas dos pés ao som de um triste melodia as
minhas próprias cerimônias secretas.
domingo, 30 de agosto de 2015
Loucura
Quando é que a loucura começa? Como sabemos que passou dos limites?
Não existem manuais de instruções para lhe ensinar a como diagnosticar a loucura,
nem mesmo os doutores sabem dizer ao certo o que faz uma pessoa enlouquecer.
Será que estou louca? Enlouqueci de vez? Ou será que sempre fui um pouco menos
normal do que as outras pessoas? Afinal, o que é ser louco?
Seria a loucura a amplificação de todos os sentimentos humanos? O exagero?
Diagnosticada sã e perambulando em meio à sociedade, não soa um pouco intimidante?
Como prever quando a raiva irá sair do controle? Como reconhecer que todo o medo
se tornou paranoia? Como saber se a dor não vai superar o medo? E se um dia, assim
não tão distante, o mundo parecer assustador demais? E se os monstros se libertarem
de dentro da minha cabeça? E se o ódio for mais forte que a consciência? E se...?
Será que estou louca? Perdi mesmo todo o juízo? Ou talvez esse seja apenas
o resultado de uma infância traumática somada a uma vida sem sorte alguma?
Entre um gole e outro, digo que bebo para tentar esquecer, mas a verdade é que
quero sentir. E a dor nunca soou tão bonita, nunca doeu tão docemente.
O que nos trás de novo a primeira pergunta: quando é que a loucura começa?
Não deveria ser ruim sentir? Mas por mais que doa é maravilhoso sentir.
Como sabemos que passou dos limites? Eu não sei o que faz alguém enlouquecer.
Maldição, como saberia se estou enlouquecendo? Seria tudo assim tão normal?
Seria natural esse viver querendo morrer? Esse falar querendo chorar?
Seria normal o ódio que queima? A dor que rasga e o medo que não cessa?
Talvez o processo já tenha se iniciado.
Os loucos enfim não sabem que estão loucos.
segunda-feira, 20 de julho de 2015
Liberdade
Eu sempre vivi o inverno em minha vida, embora lá fora
tudo seja sempre azul e ensolarado,dentro de mim está sempre chovendo.
Meus sonhos sempre foram o meu único verão,
quando era mais jovem costumava dizer que tudo ficaria bem,
eu ainda digo, só que já não acredito mais.
A noite eu costumava fantasiar sobre o grande amor da minha vida,
eu dormia com visões dele conversando e rindo,
na verdade esses sempre foram os momentos em que eu me sentia feliz.
Eu queria ser uma cantora, mas eu não sei cantar, mas eu sei escrever,
talvez não seja tão boa, mas eu queria ser uma poetisa que coloca
seus sentimentos no papel para que outras pessoas os desfrutem.
Queria fazer algo útil com todos esses pensamentos, mas conforme
uma série de eventos desafortunados aconteciam eu vi esses sonhos
frustrados e divididos como o milhão de estrelas no céu noturno
para o qual hoje eu continuo fazendo pedidos brilhantes e quebrados.
Talvez tudo isso não importe, afinal nenhum pensamento
ou história que eu conte pode viver sem que exista alguém para lê-los.
Dizem que é preciso estar perdido para poder se encontrar. Será?
As pessoas não falam, mas sei que elas se perguntam porque sou
desse jeito, assim tão sozinha e perturbada, mas creio que não adianta
querer explicar para as pessoas que vivem suas vidas normalmente
oque é buscar uma razão para levantar da cama todas as manhãs.
Elas respiram facilmente, não sabem como é estar sempre à
procura de um lugar sossegado para descansar a cabeça.
"Eu sempre fui uma garota incomum..." - como diz Lana Del Rey,
"... minha mãe sempre me disse que tenho alma de camaleão,
nada de uma bussola moral apontando para o norte,
nenhuma personalidade fixa, apenas uma determinação interna
que era tão grande e oscilante quanto o oceano. E se eu dissesse
que não planejei isso da forma que se tornou eu estaria mentindo.
Porque eu nasci para ser a outra mulher, eu pertencia a ninguém
que pertencia a todo mundo, aquela que não tinha nada e
queria tudo; Com o fogo de cada experiência e uma obsessão pela
liberdade, que me assustava tanto a ponto de nem conseguir
fala sobre isso, me puxou para um ponto nômade de loucura
que tanto me deslumbrava quanto me deixava tonta."
Toda noite eu rezo para encontrar um significado,
eu ainda não encontrei e já faz tanto tempo.
Eu não tenho nada a perder, mas também nunca tive nada a ganhar.
Muito do que eu queria eu já não desejo mais, exceto encontrar
algum rumo para a minha vida e transformá-lo numa razão
para não mais desejar que tudo acabe.
"Viva rápido e morra jovem..." eles dizem, "... seja selvagem e divirta-se."
Eu acredito na pessoa que eu costumava ser quando era mais jovem,
eu acredito na pessoa que quero me tornar, eu só não consigo acreditar
na pessoa que hoje percorre essa estrada aberta para lugar nenhum.
Meu lema é o mesmo de sempre, "tudo vai ficar bem", e quando
estou em guerra comigo mesma eu sussurro isso como uma prece.
Quem sou eu? Estive em contato com todas as minhas fantasias
mais escuras, mas eu nunca consegui transformá-las em uma
vida para mim mesma e experimentá-las.
Eu não sei, acho que sou louca pra caramba, e no final eu
nunca consegui aquilo que mais desejei, ser livre,
conseguir me libertar de mim mesma.
terça-feira, 16 de junho de 2015
1 Ano
O tempo passou mais rápido do que imaginei que passaria.
Não importou muito que eu não estivesse feliz, ele continuou passando.
As vezes parece demorar ou ir rápido demais, mas a única
diferença é o quanto eu dou atenção a ele.
Os dias são os mesmos, as horas são as mesmas, o tempo é o mesmo.
Destroçada em minha melancolia, num existir sem viver,
desconheço as razões e nunca me concentro o suficiente em
quantos dias gasto em ira, medo e lágrimas.
E a nostalgia se apossou de mim quando me dei conta de que
mais um ano se passou.
Não importa quanto tempo fiquei sem dar atenção ao calendário,
em algum momento uma data me chamou a atenção e então
não tive para onde fugir. Afinal não é para isso que a memória nos serve?
Datas são nossos lembretes de que o tempo passa.
Não importa onde eu estava, oque eu estava fazendo,
o tempo me encontrou para me fazer lembrar.
E eu me lembro...
Não parecia que seria assim, assim tão rápido desde quanto tudo começou.
Eu ainda me recordo quanto tudo acabou.
4 horas da tarde e o avião estava partindo e eu só queria poder ir junto com ele.
Abracei a mim mesma em minha solidão e tristeza, chorei,
e pensei: Vai passar. Uma semana, um mês e logo fará um ano.
Bem, hoje faz um ano.
O tempo passou enquanto eu estava perdida em minha tristeza.
Nada mudou de fato e cada dia se torna mais difícil existir,
mas o tempo passou, e eles se foram e não voltaram.
Hoje me apego a nostalgia que se agarra a mim e não me deixa ir.
Fotos, videos e músicas.. tantas músicas.
Eu estava sozinha e perdida como sempre estive, e então eles vieram.
Um sorriso de felicidade em sua primeira vitória, alívio no empate
e depois tudo se intensificou e as lágrimas começaram a rolar.
Foram momentos lindos, eu não estava esperando por eles.
Juntos eramos como um, sorriamos e gritávamos juntos.
A vitória foi nossa e o sonho se concretizou.
E hoje faz um ano que tudo começou, que tudo aconteceu..
O fim é inevitável, e as lembranças são, como sempre, persistentes.
sexta-feira, 10 de abril de 2015
Vítima
Um corpo coberto de sangue, uma carta deixada no chão
Uma lista de música que cantam mensagens para qualquer um que se importe.
Um diário de palavras quebradas, suas histórias repletas de lágrimas.
Relemos, lembramos sua vida porque queríamos que ainda estivesse aqui.
Imagino que nada tenha sido mais difícil do que acordar todos os dias sozinha,
você não estava bem, era o fim de tudo o que conhecíamos.
O tempo continua passando, mas agora você está paralisada.
Você deixou cicatrizes, algumas são profundas demais para sentirmos.
E todos dizemos que não pode ser real, todos estão perdidos em pensamentos à noite.
Somos todos vítimas do seu crime.
Sabemos que seu mal não pode ser reparado.
Talvez se tivéssemos percebido o quão destruída você estava por dentro,
não seriamos todos vitimas do seu crime.
Será que um dia você irá nos encontrar, depois de como você nos deixou?
Eu continuo perguntando essas coisas que nunca saberei.
Tem ainda alguma mensagem para encontrar? Porque eu acho que preciso de mais.
Um pouco mais de tempo, seria o suficiente para reparar suas feridas?
Nada dura para sempre, para as coisas boas, isso é verdade.
Eu gostaria que você tivesse me dito alguma coisa, eu teria tentado te salvar.
Agora as estações passam por você, você continua imutável.
A verdade foi tão cruel porque nós nunca enxergamos os sinais.
E agora você não precisa de salvação ou promessas de gentilezas,
e todas as especulações deixaremos para outra hora!
Porque todos precisamos de uma razão, uma razão para permanecer,
se você não a encontrou, quem sou eu para obrigá-la a suportar mais um dia?
Um diário de palavras quebradas, suas histórias repletas de lágrimas.
Relemos, lembramos sua vida porque queríamos que ainda estivesse aqui.
Imagino que nada tenha sido mais difícil do que acordar todos os dias sozinha,
você não estava bem, era o fim de tudo o que conhecíamos.
O tempo continua passando, mas agora você está paralisada.
Você deixou cicatrizes, algumas são profundas demais para sentirmos.
E todos dizemos que não pode ser real, todos estão perdidos em pensamentos à noite.
Somos todos vítimas do seu crime.
Sabemos que seu mal não pode ser reparado.
Talvez se tivéssemos percebido o quão destruída você estava por dentro,
não seriamos todos vitimas do seu crime.
Será que um dia você irá nos encontrar, depois de como você nos deixou?
Eu continuo perguntando essas coisas que nunca saberei.
Tem ainda alguma mensagem para encontrar? Porque eu acho que preciso de mais.
Um pouco mais de tempo, seria o suficiente para reparar suas feridas?
Nada dura para sempre, para as coisas boas, isso é verdade.
Eu gostaria que você tivesse me dito alguma coisa, eu teria tentado te salvar.
Agora as estações passam por você, você continua imutável.
A verdade foi tão cruel porque nós nunca enxergamos os sinais.
E agora você não precisa de salvação ou promessas de gentilezas,
e todas as especulações deixaremos para outra hora!
Porque todos precisamos de uma razão, uma razão para permanecer,
se você não a encontrou, quem sou eu para obrigá-la a suportar mais um dia?
*(Inspirado na canção Victim da banda Avenged Sevenfold)
segunda-feira, 6 de abril de 2015
Moment Of Surrender (Momento da Rendição)
nunca me foi permitido correr livre.
Nunca brinquei com fogo, mas o fogo brincou comigo.
Meu coração era uma joia preciosa, eu era tão inocente.
Meu coração era uma joia preciosa, eu era tão inocente.
Uma alma não esperta o suficiente para compreender
como é viver no reino da incerteza.
Fui lançada ao fogo. Deus, não dá mais para negar!
A questão não é se eu acredito em amor, é se o amor
Fui lançada ao fogo. Deus, não dá mais para negar!
A questão não é se eu acredito em amor, é se o amor
acredita em mim Por favor, acredite em mim!
E nesse momento de rendição eu caio de joelhos,
E nesse momento de rendição eu caio de joelhos,
eu não dou atenção as pessoas e elas não parecem me notar.
Eu já estive em cada um dos buracos negros,
perdida em cada canto da estrela mais escura;
Meu corpo agora implora para voltar para o meu coração,
Eu já estive em cada um dos buracos negros,
perdida em cada canto da estrela mais escura;
Meu corpo agora implora para voltar para o meu coração,
para o mais fundo da minha alma, para a mais profunda inconsciência,
para o fundo da memória da qual eu não tenho nenhum controle.
Enquanto eu dou murros no espelho
eu posso ver meu próprio reflexo, nada mais que um
para o fundo da memória da qual eu não tenho nenhum controle.
Enquanto eu dou murros no espelho
eu posso ver meu próprio reflexo, nada mais que um
rosto pálido olhando de volta para mim.
E no momento da minha rendição, a visão do fim,
eu não dou atenção as pessoas e elas não parecem me notar.
Enquanto estive fugindo a minha vida toda, com medo do meu futuro,
Enquanto estive fugindo a minha vida toda, com medo do meu futuro,
todos os olhos pareceram preferir olhar para o outro lado,
como que não querendo observar uma dor que nunca cessou.
E nesse momento de rendição, na visão do fim,
E nesse momento de rendição, na visão do fim,
eu não quero dar atenção as pessoas que passam,
elas nem se quer parecem me notar.
*(Inspirado na canção Moment Of Surrender da banda U2)
*(Inspirado na canção Moment Of Surrender da banda U2)
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
Naufrágio
Eu naveguei por águas turvas por tanto tempo
Estive lutando contra o mar revolto e longas tempestades noturnas
E hoje não sei oque se deve sentir ao avistar praias calmas.
A calmaria que embala um coração ferido
A calmaria que embala um coração ferido
É como as brasas que depois do fogo ainda queima.
E o tempo para para mostrar que nada acontece.
E o tempo para para mostrar que nada acontece.
O tempo passou. Eu mudei. Nada aconteceu.
Minha vida é como um barco sem remo que navega à vontade da maré
Minha vida é como um barco sem remo que navega à vontade da maré
Sem destino, sem curso, sem esperança.. não há terra a vista.
Perdi-me nos meandros da dor e da desesperança
Perdi-me nos meandros da dor e da desesperança
Agora, por marés de lágrimas, nado. Nado.. apenas nado.
O medo espreita através das sombras e o vento noturno assopra as velas
O medo espreita através das sombras e o vento noturno assopra as velas
Deste barco que sem sentido navega por marés desconhecidas,
Rumo à águas desconhecidas, rumo a um destino que já não existe.
Oque espera por mim além da infinita imensidão azul?
Minha alma anseia pelo oceano, por águas gélidas que me abraçam.
Esperei neste barco por muita coisa, por muito tempo e nada aconteceu.
Hoje nada do que desejei faz sentido, e de tanto esperar, já não desejo mais.
Esperei neste barco por muita coisa, por muito tempo e nada aconteceu.
Hoje nada do que desejei faz sentido, e de tanto esperar, já não desejo mais.
Não restou desejo em mim, nenhuma esperança, nenhum amor
Somente este anseio, somente um último pedido em súplica e prece.
O suspiro profundo antes do mergulho
E então a imensidão azul se torna negra e ao longe se avista ele..
Imensurável, imponente ..
E então a imensidão azul se torna negra e ao longe se avista ele..
Imensurável, imponente ..
O fim.
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