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terça-feira, 27 de maio de 2014
The Winter (O Inverno)
E então os dias passam, meses intermináveis de eterno pesar.
Com eles passam também as estações, as folhas caem
e o inverno finalmente chega.
E como é bonito o inverno, com suas frias mãos de escuridão.
Seus ventos gelados assopram através das cortinas e aqui
dentro o meu coração se torna tão frio.
Os ventos do sul assopram varrendo todos os dias sem fim,
todas aquelas horas no sol quando acreditava que minhas
lágrimas secariam para sempre. Ventos de inverno do lado de
fora, e aqui dentro, milhões de lágrimas caem dos olhos e
centenas de desejos são sussurrados em vão sob cobertores
quentes e a alma tão fria quanto o coração.
Como é bonito o inverno, com suas mãos de tristeza e pesar.
A memória leva minha mente até o limite da inconsciência e
aqui o inverno leva as folhas para onde quer que elas devam ir.
As árvores são subjugadas pelo frio e elas sussurram e as vezes
em toda a minha dor é possível escutar suas vozes que lamentam.
E aqui no frio, no vento que apaga todas as velas, eu me escondo
da cruel luz do dia, do cruel calor dos mil sóis e da felicidade inexistente.
Tão lindo o frio desses dias, tão gélido sentimento e sepulcral silêncio
nessas noites onde morro congelada em minha cama, desvanecendo.
Como não amar o inverno? Todo um mundo de coisas frágeis.
Traz a memória de sonhos esculpidos em gelo, pegadas do passado
gravadas na neve, lembranças do dezembro perdidas apenas nas
recordações mais distantes de minha mente.
O inverno sussurra aos ouvidos, ele fala aos corações, quando
as luzes se apagam e o mundo se aquieta é possível ouvi-lo cantando.
Eu tento não me esquecer da importância do inverno que vive
dentro de mim, mas como milhões de estrelas noturnas que caem,
o inverno aos poucos vai morrendo ao apagar de cada vela.
Com o tempo ele se vai, deixando apenas medo e nenhuma esperança.
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