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domingo, 12 de janeiro de 2014
Bed Of Roses (Cama de Rosas)
E hoje quando acordei pela manhã me dei conta mais uma vez
de que você não estava aqui.
Me pergunto quantos dias mais terei que suportar,
sem se quer a esperança de te ter ao menos uma vez.
Bem, eu estava sonhando novamente enquanto eu dormia
abraçada a meus travesseiros, sonhava sobre romances cinematográficos
que não me tornarão melhores do que sou.
Sonhava sobre amores impossíveis, sobre todas essas coisas que
eu queria acreditar mas a verdade é que não resta mais nada dentro de mim.
Agora enquanto tomo meu café percebo quão patético,
e o quão irritante é o som de minha própria respiração.
Eu não queria estar aqui, droga, eu não queria se quer ter nascido.
Mas me lamentar não muda o fato de que minha fraqueza
ainda permite que meu coração continue batendo.
Eu tomo banho, me visto e saio na rua para enfrentar qualquer coisa
que esteja a minha espera, talvez outro sermão sobre como a vida
deveria ser vivida, talvez outra multa de transito por dirigir com a cabeça no ar
ou simplesmente a certeza absoluta de que cada passo para frente
significam três para trás.
As horas passam e eu conto os minutos apenas porque não tenho
nada mais para fazer. Uma velha do outro lado da rua do ponto de ônibus
me encara e a pena em seus olhos me faz me sentir envergonhada,
é quase como se ela pudesse ler minha mente.
Outra vez chego em casa, está quase anoitecendo
e eu me sinto ainda pior pois eu sei que ninguém me espera e a verdade é
que nunca houve ninguém lá para mim.
Outra vez sozinha em meu próprio mundo, aquela velha canção
volta a soar alto, os vizinhos reclamam porque ela já tocou dezesseis vezes,
mas quem é que está contando?
Me sento no chão e abraço meus joelhos, as lágrimas caem de meus olhos,
não quero estar sozinha novamente mas para onde eu mais eu poderia ir?
Me vêem a cabeça oque me disseram a muito tempo atrás.
Que meu amor não faz nenhum sentido.
Bem, meu amor pode ser cego mas pelo menos eu sei que ele é verdadeiro,
e eu não tenho nada para provar porque eu sei que sou eu mesma
quem morreria para me defender.
E está noite eu estou sozinha mas na anterior talvez eu não estivesse,
mas estar acompanhada não significa que eu não me sinta solitária.
Porque o amor que sinto é uma companhia constante por dias e noites a fio.
Ou deveria dizer que é um peso que carrego na minha cabeça
e o aperto que está em meu peito? Meu coração queima.
Eu simplesmente não sei mais oque fazer,
já passa das 22 é melhor desligar o som agora, e o silencio que me segue
é como engolir areia, e a dor é dilacerante e o medo é constante.
Medo de sobreviver mais uma noite para ter que enfrentar mais um dia.
Porque a vida que para uns é uma dádiva,
para mim é uma maldita pílula difícil de engolir.
E é com outra pílula que consigo adormecer e me embalar novamente
em sonhos de eternidade. E lá tudo é perfeito,
e embora aqui eu esteja deitada numa cama de pregos,
lá eu estou repousada numa cama de rosas.
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