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terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Fuhre Mich (Leva-me)
Você conseguiu, me transformar naquilo que tanto queria que eu fosse.
Onde estou? Como cheguei aqui? Eu não me reconheço mais.
Se eu choro, isso parece te fazer bem e minhas lágrimas parecem
saciá-lo melhor do que qualquer amor que você poderia receber.
Onde irei parar? Porque estou aqui? Quem é você para me manter
atada a essa teia de pensamentos surreais e tão errados?
Você me machuca e o meu medo parece excitá-lo ainda mais.
Não foi normal desde o principio, a forma como me encantei por sua voz,
como precisei ouvi-la todos os dias desde então.
Não foi natural a ordem de acontecimentos que desencadearam esse fim,
a forma como eu gritei de desejo por você no meio da noite,
quando meu corpo pedia pelo seu e você não estava aqui.
Você nunca esteve realmente aqui, mas as vezes eu posso senti-lo como se me toca-se.
No que me tornei? Como posso controlar essa vontade que sinto,
esse fogo que me queima e esse pensamento de arrependimento que me arrasta
para o mais profundo poço de minha existência? Vontade de você.
É normal? É saudável desejar tanto quando se tem tão pouco?
Você me amaldiçoou com esse sentimento, me amarrou a essa força invisível
que me arrasta até você, eu estou presa e não consigo me libertar,
acho que é bem assim que você gosta que eu esteja. Presa.
A inocência foi roubada, toda e qualquer sanidade em mim se extinguiu.
Não penso, não sinto, não vejo, não ouço mais nada que não seja você.
Não consigo respirar, não consigo falar, em meu mundo agora só existe você.
"Duas almas em apenas um corpo", é isso que você sussurra em meus ouvidos.
Mas aqui dentro de mim só existe a solidão e o desejo por você.
Eu sinto você o tempo todo, sinto você me envolvendo aos poucos,
sinto você me sufocando cada vez mais, e eu sei que não vai me deixar ir.
É muito pior do que imaginava? É ainda mais profundo do que acreditava?
Como pude deixar ir tão longe? Onde estava minha cabeça quando
meu corpo foi entregue completamente a você?
"Você cresceu em meu coração" você diz,
mas quando eu sangro sou apenas eu a sofrer. "Nada pode nos separar" vocês diz.
Mas quando eu choro isso parece lhe fazer bem,
e a mão do meu medo alimenta o seu sangue, e quando sinto que não aguento mais,
"Você morre quando eu permitir" você diz.
Como chegamos aqui? eu acho que não me conhecia tão bem.
Você me conduziu até aqui, você me arrastou até aqui, estou presa,
não posso me libertar. Nos porões de sua mente doentia você me fez refém
e você me mantém na escuridão, na solidão e na tristeza para sempre.
domingo, 12 de janeiro de 2014
Bed Of Roses (Cama de Rosas)
E hoje quando acordei pela manhã me dei conta mais uma vez
de que você não estava aqui.
Me pergunto quantos dias mais terei que suportar,
sem se quer a esperança de te ter ao menos uma vez.
Bem, eu estava sonhando novamente enquanto eu dormia
abraçada a meus travesseiros, sonhava sobre romances cinematográficos
que não me tornarão melhores do que sou.
Sonhava sobre amores impossíveis, sobre todas essas coisas que
eu queria acreditar mas a verdade é que não resta mais nada dentro de mim.
Agora enquanto tomo meu café percebo quão patético,
e o quão irritante é o som de minha própria respiração.
Eu não queria estar aqui, droga, eu não queria se quer ter nascido.
Mas me lamentar não muda o fato de que minha fraqueza
ainda permite que meu coração continue batendo.
Eu tomo banho, me visto e saio na rua para enfrentar qualquer coisa
que esteja a minha espera, talvez outro sermão sobre como a vida
deveria ser vivida, talvez outra multa de transito por dirigir com a cabeça no ar
ou simplesmente a certeza absoluta de que cada passo para frente
significam três para trás.
As horas passam e eu conto os minutos apenas porque não tenho
nada mais para fazer. Uma velha do outro lado da rua do ponto de ônibus
me encara e a pena em seus olhos me faz me sentir envergonhada,
é quase como se ela pudesse ler minha mente.
Outra vez chego em casa, está quase anoitecendo
e eu me sinto ainda pior pois eu sei que ninguém me espera e a verdade é
que nunca houve ninguém lá para mim.
Outra vez sozinha em meu próprio mundo, aquela velha canção
volta a soar alto, os vizinhos reclamam porque ela já tocou dezesseis vezes,
mas quem é que está contando?
Me sento no chão e abraço meus joelhos, as lágrimas caem de meus olhos,
não quero estar sozinha novamente mas para onde eu mais eu poderia ir?
Me vêem a cabeça oque me disseram a muito tempo atrás.
Que meu amor não faz nenhum sentido.
Bem, meu amor pode ser cego mas pelo menos eu sei que ele é verdadeiro,
e eu não tenho nada para provar porque eu sei que sou eu mesma
quem morreria para me defender.
E está noite eu estou sozinha mas na anterior talvez eu não estivesse,
mas estar acompanhada não significa que eu não me sinta solitária.
Porque o amor que sinto é uma companhia constante por dias e noites a fio.
Ou deveria dizer que é um peso que carrego na minha cabeça
e o aperto que está em meu peito? Meu coração queima.
Eu simplesmente não sei mais oque fazer,
já passa das 22 é melhor desligar o som agora, e o silencio que me segue
é como engolir areia, e a dor é dilacerante e o medo é constante.
Medo de sobreviver mais uma noite para ter que enfrentar mais um dia.
Porque a vida que para uns é uma dádiva,
para mim é uma maldita pílula difícil de engolir.
E é com outra pílula que consigo adormecer e me embalar novamente
em sonhos de eternidade. E lá tudo é perfeito,
e embora aqui eu esteja deitada numa cama de pregos,
lá eu estou repousada numa cama de rosas.
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
Mein Herz (Meu Coração)
E agora estou aqui de pé na escuridão,
os sonhos se cronometram.
Como se eu pudesse sentir mais do que
esse luto profundo e essa massiva tristeza.
Estou fadada a ser oque sou ao torno
de minha vida inteira.
Mais cedo eu estava feliz, aí percebi que
apenas estava sonhando,
porém todas as visões de sonhos radiantes
são apenas passageiras.
Porque os meus pensamentos teimam em fugir,
nunca para frente, sempre para trás?
Fogem para onde não existe nenhuma manhã,
nenhuma alegria e nenhuma sorte.
Porém os brilhos da minha memória
gostam de uma próxima estrela, provavelmente
para minha alma uma nova falsa esperança.
E meu coração procura ainda pela chama
depois do amor.
Então eu deveria seguir o meu desejo e usar
meu coração apenas para mim e continuar
como sou a minha vida inteira.
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
Staying Alive (Permanecendo Viva)
Eu não vou morrer por não ter você,
essas lágrimas que derramo por sua falta não vão me afogar.
O medo não vai me paralisar, a dor não vai me destruir.
É tudo um estado mental.
Dói aqui dentro, mas essa doença ninguém nota,
e a solidão e a melancolia é um sintoma da morte de minha alma
a qual também ninguém percebe.
Acontece lentamente, e aos poucos tudo se torna cinza,
tudo perde a vida. Mas por fora nunca estive mais saudável.
É tudo um estado mental do qual não consigo me libertar.
Não adianta perguntar porque,
de tantas noites de desespero nada levo como resposta,
tudo continua sem sentido, e o silencio nunca esteve mais alto.
Queima, arde e arranha mas isso nem importa porque ninguém sabe.
As horas passam, os dias se esvão, e muitas noites se aproximam
e a cada uma que chega recebo como a morte.
É pior que a morte esse desejo de ter você aqui,
e eu choro, todas essas lágrimas quentes que me fazem tão bem
e as vezes eu acredito mesmo que morrerei,
mas a noite passa e outro dia amanhece e continuo viva.
Ironicamente viva e é como se a minha dor me fizesse mais forte
e eu sobrevivo mais uma vez embora tudo oque desejo
é que a minha dor se torne real,
que essa doença se torne física e que a morte seja verdadeira.
Mas eu não morro, eu sobrevivo.
Eu nunca morro, meu coração orgulhoso continua a bater.
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