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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A Morte




Eu posso sentir os sussurros noturnos que chamam meu nome
enquanto mãos gélidas me seguram e tapam minha respiração
me puxando para baixo, abaixo de minha pele.
Sinto-me cada vez mais fria, mais pálida,
como se a cada dia morresse um pouco mais
só que não consigo repousar, não consigo descansar.
Então permaneço em dor, sozinha, vagando pelas ruas,
apenas um corpo vazio, sem vida, sem alma,
se arrastando por entre os vivos, implorando por misericórdia,
pelo fim que nunca chega.
Desta vida nunca quis muito mais além da certeza
de que as minhas lágrimas não caíam em vão,
de que estava vivendo e não apenas sobrevivendo.
Aparentemente à procura de respostas morri lentamente, dia após dia,
aos poucos, desvaindo sem jamais encontrar aquilo que estava procurando,
aquilo que já nem sei que valeria mesmo a pena encontrar.
Morri de amores, morri de desejos, de sonhos perdidos e da triste realidade.
Morri de paixão, morri de solidão, morri muitas e muitas vezes,
morri da vontade de morrer e ainda assim aqui permaneço
como um lembrete funesto de que não existe apenas uma forma de morrer
e sim várias e creio eu que esta é com certeza aquela que mais machuca,
pois esta morte nunca passa, nunca acaba, sempre persiste
sem jamais me permitir descansar em paz..
Pois ainda vivo, estou morta por dentro.

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