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sábado, 19 de maio de 2012
Seele In Not
Alma em Perigo
Agora segure a tocha no meu rosto
um pássaro sobrevoa a água mas não me vê.
Meu navio naufragou a tempos
e eu estou me afogando..
à tantos gritos de socorro
mas não há navios a vista.
Apenas dias perdidos,
apenas horas perdidas
perdidos quando morremos,
perdidos para que?
Mas eu vivo, eu ainda vivo..
eu vivo como numa mentira.
E o amor uma ilusão
você dança na luz do tempo,
você dança em vaidade.
Uma garrafa vazia e eu morro de sede,
nenhuma vela tem fogo ainda
mas meu coração se queima.
Eu escuto o choro dos bebês,
mentira na primeira respiração..
das cinzas às cinzas, do pó ao pó..
Que os pecados sejam perdoados!
Cego de raiva, cego de dor
surdo de amor, mudo de medo.
Não consigo mais me segurar perco a razão.
Não conheço sua voz, não posso te entender
nem sei como você é, nunca te vi.
Não posso falar com você, nem essa frase:
"Eu te amo"
Eu amaldiçoou a lembrança
e a envio para longe
ela se deita em minha sepultura
e esquenta o meu caixão.
Quadros pintados só adulam
pois quem pinta oque é tão feio?
(* Lacrimosa, 1991)
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