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terça-feira, 29 de março de 2022

3 years later ...

Quase 3 meses se passaram desde a ultima postagem. Eu morri e sobrevivi duas vezes, eu ainda choro por Tony Stark. Eu escrevo para ele quase todos os dias e isso prova que eu nunca o deixei ir de verdade. Como poderia? 

A vida nao esta melhor agora. Na verdade nunca esteve pior e eu nem sei porque estou escrevendo aqui. Pelo nostalgia talvez. Eu só queria deixar registrado que depois de falar sobre isso tantas vezes eu tentei suicidio duas vezes e infelizmente nao tive sucesso como em todo o resto da minha vida. 

Sou literalmente uma morta viva agora. Minha alma morreu e eu sobrevivo das fantasias que crio na minha cabeça uma vez que o mundo real me rejeitou de todas as formas que se pode imaginar. 

E eu ainda choro por Tony Stark. 

Eu sinto tanto a falta dele. 



sexta-feira, 3 de maio de 2019

The Best Friend I Never Had




Você foi o melhor amigo que eu nunca tive.
Eu não sei qual era seu signo, nem importa na verdade, mas se eu fosse chutar,
eu diria que você é ariano como eu. Somos tão parecidos... éramos, sei lá.
Como devo me referir à você agora? Como se tivesse ido embora e tudo
tivesse ficado no passado? Ou como se você ainda estivesse aqui?
É tão recente, ainda parece que você está aqui, mesmo que nunca esteve realmente,
sempre senti você tão presente.
Me encantei por você assim que te conheci e para ser sincera eu nem me lembro
de como nos conhecemos, foi há sete anos atrás, mas as circunstâncias se perderam
com o tempo. Você era tão igual a mim, era engraçado e irônico e maldoso às vezes,
mas por dentro tinha um bom coração que tentava esconder por de trás
do seu escudo de sarcasmo, porque deixar o coração a mostra pode doer, você sabia.
Me apeguei a você imediatamente, era inevitável. Criei um laço de amizade imaginária
tão forte e ainda que fosse triste, era tão bonito.
Por vezes no meio da noite quando algo me assustava ou me deixava muito triste eu
pensava em você. Desejei que estivesse aqui a cada momento, idealizei conversas,
de alguma forma, mesmo que um pouco, sua existência aplacava a minha solidão.
Eu idealizei você, eu sei, mas você foi o único amigo que tive.
Não entra na minha cabeça que você se foi. Me parece impossível viver em
uma realidade onde você não exista, mas eu viverei.
Todas as vezes em que as noites foram tempestuosas e todas as vezes que chorei
e meu peito doeu e parecia ser o fim do mundo, quando amanheceu eu ainda vivia.
Estar viva é o que faço de melhor.
Eu continuarei viva, mesmo que no momento me pareça impossível e inimaginável.
Sua ausência doerá quando notar o passar do tempo...
Uma semana, um mês, um ano...
A cada aniversário, a cada início de inverno que não trará você para mim.
Eu sentirei sua falta sempre que ouvir AC/DC, morrerei um pouco por dentro sempre
que rever uma gravação sua ou escutar sua voz cantando Coldplay.
Você é um dos meus fantasmas agora. Deus sabe que tenho muitos!
Assombre-me, nunca me deixe, por que eu nunca vou conseguir deixa-lo ir.
Eu sinto muito, por você, por mim... Eu queria dizer que te amo, meu amigo, 
eu te amo mais do que consigo expressar em palavras, mas existe outra coisa que
preciso dizer agora. Eu sinto que estou pronta para finalmente dizer adeus.
Por mais que doa, por mais que cada letra me rasgue o coração, eu preciso dizer.
Adeus, meu querido amigo.
Adeus, Tony.

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Minha Honra se Chama Lealdade




Estou fascinada com o Nazismo de novo. Não de uma forma produtiva, mas doentia.
E se não foi como dizem? E se...
Eu nem sei porque estou escrevendo isso, não faz nenhum sentido mesmo. Do que me importa o Nazismo? Eu deveria me preocupar com a minha própria vida. Mas isso significaria pensar nela e isso é tudo o que eu não quero fazer.
É mais fácil pensar em Hitler, é mais bonito idealizar o romance de um oficial da SS com uma voluntaria brasileira. É um romance que ninguém gostaria de ler, além de mim.
Cada pagina que escrevo eu releio e releio e releio como se o ato de ler fosse suficiente para me sugar para dentro da história que inventei. Porque é mais fácil viver um romance improvável durante a segunda guerra mundial do que enfrentar a minha realidade.
É tudo culpa do Rammstein, é tudo culpa da idealização do alemão perfeito, do homem, do amor, é culpa de tudo e de todos menos minha.
Eu não tenho mais certeza do que estou fazendo, cada dia que passa perco mais a noção da realidade. Estou enlouquecendo presa dentro de uma mente que se recusa a enlouquecer, a vida me parece difícil demais e eu não consigo pensar em uma saída que não seja aquela saída. Eu falo e escrevo basicamente sempre a mesma coisa porque tudo tem se resumido a meu desejo de deixar esse mundo e o medo da dor de fazê-lo. Eu só queria que tudo parasse.
É mais fácil pensar que existe um plano de Deus para mim e que em algum momento as coisas vão começar a dar certo, mas a verdade é que deus não está nem aí para mim e que eu estou mais perdida do que qualquer um possa  imaginar. Perdida além de qualquer solução. Estou completamente louca, mas nunca louca o suficiente para me justificar.
E agora tudo se resume em Nazismo, e cada dia é uma coisa, mas agora é Nazismo e eu não consigo pensar em outra coisa. Eu queria estar lá para ver, deixar de apenas ler sobre a historia, mas poder presenciar, ver com meus próprios olhos as verdades ocultas sobre as quais ninguém quer falar a respeito. Mas do que tudo isso me importa? Não importa, mas eu continuo pensando a respeito. Me distrai da minha realidade.
A minha realidade é um inferno. Eu prefiro morrer do que continuar vivendo essa realidade, mas morrer não é fácil, descobri isso há muito tempo.

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Liminal




É doloroso sonhar sem perspectiva, acordar todos os dias desejando não ter acordado.
O coração que acelera no meio da noite sem motivo aparente, a boca amarga, os olhos que ardem ressecados de lágrimas que não consigo derramar, são sintomas, não de depressão, mas da circunstancia, circunstancia essa que me parece não ter saída.
Nem escrever alivia mais, escrever agora causa frustração.
Estou frustrada com a falta de inspiração, com a falta de palavras, com a falta de poesia na minha própria escrita. Quando leio um bom texto me sinto frustrada por não ter sido eu a escrevê-lo.
Estou frustrada com a vida, ou melhor, com a falta dela.
A terapia foi um erro. Não, o erro sou eu. Costumo culpar o mundo e todas as pessoas nele por meus medos, por meus traumas, por minhas dores, me custa muito compreender que talvez, assim, talvez o problema seja eu. Seria possível uma pessoa nascer errada? Eu nasci.
Não consigo curar a minha mente.
Traço planos tal qual o prisioneiro que risca os dias que passam com uma pedra na parede da prisão, tento viver o momento e acreditar que tudo vai ficar bem, mas eu sei que não vai. Faz muito tempo que digo para mim mesma que as coisas vão ficar bem, nada está bem, está tudo pior. Muito pior.
As fantasias não aliviam mais. Sinto falta das fantasias que criava na minha cabeça, sinto falta dos beijos no travesseiro, da sensação de tocar meu próprio rosto e sentir a mão de outra pessoa. As fantasias não funcionam mais e isso é bom, mas não de verdade, me sinto mais sozinha agora do que nunca.
Eu queria chorar, mas não consigo. A psicóloga disse que tenho muito choro reprimido dentro de mim, queria poder chorá-lo agora, mas não consigo.
Cansei de pedir a Deus para que as coisas melhorem, cada vez que peço ele se irrita mais comigo, acho que tenho que deixa-lo em paz, nunca nos demos muito bem.
Não tenho mais esperança, se é que um dia tive de verdade. Se estou viva hoje é pelo acaso, pela minha covardia. Faz muito tempo que decidi morrer.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Clarice e Bukowski



Não sou Clarice nem Bukowski
não tenho a sensibilidade de Clarice,
nem a certeza de Bukowski.
Sou eu mesma
e ser eu mesma nunca me pareceu tão insignificante.

Sou uma escritora por teimosia, não sei escrever
Bukowski escrevia para não enlouquecer,
Clarice escrevia por vocação,
eu escrevo porque não resta mais nada para fazer.

O amor é um cão dos diabos,
A hora da estrela já passou,
eu continuo aqui insistindo
não na perseverança, mas na teimosia.

A morte levou Clarice,
voltou para levar Bukowski...
eu continuo esperando.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Adeus?



A última vez que escrevi aqui pensei que fosse um recomeço,
que de alguma forma eu conseguiria manter o mesmo ritmo de postagens
que mantinha antigamente. Tolice minha, nada mais é como antigamente.
As palavras não fluem mais, os dedos não digitam com a mesma
rapidez de antes, as lágrimas não caem com a mesma facilidade.
Isso não quer dizer que eu não sinto, eu sinto sim e sinto muito.
Só não consigo mais colocar tanta coisa pesada e dolorida em palavras
sejam elas bonitas ou não.
Eu não sou uma escritora. Eu queria ser uma, mas não levo jeito.
Escrever antes era um ato de misericórdia, escrever para não enlouquecer.
Hoje escrevo por persistência, por teimosia.
É difícil aceitar que no fundo não somos bons de verdade em nada.
Tenho muito para dizer, muito para expressar, mas nenhum talento.
Bem, eu tenho um talento específico, tenho talento em me sentir
uma merda o tempo todo, sou muito boa em sentir pena de mim mesma,
sou melhor ainda para criar fantasias em cima de absurdos.
Ah, se faz de conta fosse obra de arte, eu seria uma artista.
Quando criei esse blog eu escrevia como se alguém realmente
fosse ler todas essas baboseiras, hoje escrevo em um ato quase ridículo
para dizer a mim mesma que essa é provavelmente a ultima vez
que estou escrevendo aqui.
Eu queria poder transformar esse nó na gargante em poesia,
eu queria poder transformar os soluços sufocados no travesseiro
em música, eu queria poder sentir que encontrei de alguma forma
a importância almejada, acredite, eu tentei, mas não consigo.
Minha linda tristeza nada mais é do que uma doença que não
consigo curar, o gótico que almejo é apenas uma roupa que não me
cai bem, os amigos nunca vieram e as músicas já não são mais as mesmas.
A realidade feia só se torna bonita quando escrita de forma bonita,
mas eu não sou Bukowski.
Então é isso? Adeus?
Provavelmente.
Confesso que de tempos em tempos dou uma espiadela nas baboseiras
que eu queria que fosse poesia escrita aqui. Eu espio, relembro como
eram as coisas 6 anos atrás, choro...
Isso não vai mudar, a menos que o Google decida apagar esse blog inútil
continuarei espiando.
Dentre todas as pessoas que conheço, sou quem mais dá valor
a maldita nostalgia.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Esperança





Tem alguma coisa dentro de mim  que me mantém lutando
mesmo quando toda a minha força se esvai.
Tem alguma coisa arranhando dentro de  mim,
coçando, machucando, pedindo  para ser libertada;
Uma parte de mim,  um outro eu, eu com certezas,
eu com  amor, eu repleta de sonhos.
É um veneno, uma droga, uma ferida  que jamais cicatriza.
Me mantém nesse  jogo, me mantém acreditando,
me carrega pelos braços, me mantém viva.
Uma vida meio vivida, uma vida mal  vivida,
uma vida semi morta, uma morte incompleta,
uma morte de faz-de-conta.
Essa vida me tirou tudo, mas essa  coisa, esse veneno,
essa mentira me faz continuar seguindo.
E eu me arrasto.
Porque? Para que? Como? Até quando? Eu não sei.
Eu me arrasto, eu lamento, eu espero.
Espero para viver, espero para morrer,
espero para compreender como essa coisa se mantém viva
dentro de mim quando não há alimento
em meu peito para alimentá-la.
Um maldito parasita.
Um maldito escorpião.
Esperança.