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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
Esperança
Tem alguma coisa dentro de mim que me mantém lutando
mesmo quando toda a minha força se esvai.
Tem alguma coisa arranhando dentro de mim,
coçando, machucando, pedindo para ser libertada;
Uma parte de mim, um outro eu, eu com certezas,
eu com amor, eu repleta de sonhos.
É um veneno, uma droga, uma ferida que jamais cicatriza.
Me mantém nesse jogo, me mantém acreditando,
me carrega pelos braços, me mantém viva.
Uma vida meio vivida, uma vida mal vivida,
uma vida semi morta, uma morte incompleta,
uma morte de faz-de-conta.
Essa vida me tirou tudo, mas essa coisa, esse veneno,
essa mentira me faz continuar seguindo.
E eu me arrasto.
Porque? Para que? Como? Até quando? Eu não sei.
Eu me arrasto, eu lamento, eu espero.
Espero para viver, espero para morrer,
espero para compreender como essa coisa se mantém viva
dentro de mim quando não há alimento
em meu peito para alimentá-la.
Um maldito parasita.
Um maldito escorpião.
Esperança.
Eu Sou
Eu sou.
Eu sou exatamente o que sou, simples, complicada, sozinha.
Acompanhada de dúvidas, de dores, de tormentos, de demônios.
Eu sei quem eu sou.
Eu sei o que sou, sei também que não é comum as pessoas me amarem.
Eu sei, sei o que não sou.
Não sou amigável, não sou sociável, não sou interessante.
Não sou sustentável, sou líquida como água que escorre pelos dedos,
impossível de se manter na vida das pessoas.
Eu sou, eu sei.
Eu não sei.. porque.
Sou triste, sou solitária, sou estranha.
Sou um amontoado de sentimentos, um punhado de perguntas
e nenhuma razão. Não existe razão, nem destino.
Eu sou o nada, o silêncio que permanece quando todos param de falar,
o vazio que persiste quando as pessoas vão embora.
Eu sou a dúvida, a pergunta.
Eu sou o segredo que ninguém se interessa em desvendar.
Sou o medo, a escuridão, o vento.
Não tenho destino, não tenho planos, não tenho expectativas.
Vivo por acaso, vivo por capricho.
Vivo por medo.
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