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segunda-feira, 20 de julho de 2015

Liberdade



Eu sempre vivi o inverno em minha vida, embora lá fora
tudo seja sempre azul e ensolarado,dentro de mim está sempre chovendo.
Meus sonhos sempre foram o meu único verão,
quando era mais jovem costumava dizer que tudo ficaria bem,
eu ainda digo, só que já não acredito mais.
A noite eu costumava fantasiar sobre o grande amor da minha vida,
eu dormia com visões dele conversando e rindo,
na verdade esses sempre foram os momentos em que eu me sentia feliz.
Eu queria ser uma cantora, mas eu não sei cantar, mas eu sei escrever,
talvez não seja tão boa, mas eu queria ser uma poetisa que coloca
seus sentimentos no papel para que outras pessoas os desfrutem.
Queria fazer algo útil com todos esses pensamentos, mas conforme
uma série de eventos desafortunados aconteciam eu vi esses sonhos
frustrados e divididos como o milhão de estrelas no céu noturno
para o qual hoje eu continuo fazendo pedidos brilhantes e quebrados.
Talvez tudo isso não importe, afinal nenhum pensamento
ou história que eu conte pode viver sem que exista alguém para lê-los.
Dizem que é preciso estar perdido para poder se encontrar. Será?
As pessoas não falam, mas sei que elas se perguntam porque sou
desse jeito, assim tão sozinha e perturbada, mas creio que não adianta
querer explicar para as pessoas que vivem suas vidas normalmente
oque é buscar uma razão para levantar da cama todas as manhãs.
Elas respiram facilmente, não sabem como é estar sempre à
procura de um lugar sossegado para descansar a cabeça.
"Eu sempre fui uma garota incomum..." - como diz Lana Del Rey,
"... minha mãe sempre me disse que tenho alma de camaleão,
nada de uma bussola moral apontando para o norte,
nenhuma personalidade fixa, apenas uma determinação interna
que era tão grande e oscilante quanto o oceano. E se eu dissesse
que não planejei isso da forma que se tornou eu estaria mentindo.
Porque eu nasci para ser a outra mulher, eu pertencia a ninguém
que pertencia a todo mundo, aquela que não tinha nada e
queria tudo; Com o fogo de cada experiência e uma obsessão pela
liberdade, que me assustava tanto a ponto de nem conseguir
fala sobre isso, me puxou para um ponto nômade de loucura
que tanto me deslumbrava quanto me deixava tonta."
Toda noite eu rezo para encontrar um significado,
eu ainda não encontrei e já faz tanto tempo.
Eu não tenho nada a perder, mas também nunca tive nada a ganhar.
Muito do que eu queria eu já não desejo mais, exceto encontrar
algum rumo para a minha vida e transformá-lo numa razão
para não mais desejar que tudo acabe.
"Viva rápido e morra jovem..." eles dizem, "... seja selvagem e divirta-se."
Eu acredito na pessoa que eu costumava ser quando era mais jovem,
eu acredito na pessoa que quero me tornar, eu só não consigo acreditar
na pessoa que hoje percorre essa estrada aberta para lugar nenhum.
Meu lema é o mesmo de sempre, "tudo vai ficar bem", e quando
estou em guerra comigo mesma eu sussurro isso como uma prece.
Quem sou eu? Estive em contato com todas as minhas fantasias
mais escuras, mas eu nunca consegui transformá-las em uma
vida para mim mesma e experimentá-las.
Eu não sei, acho que sou louca pra caramba, e no final eu
nunca consegui aquilo que mais desejei, ser livre,
conseguir me libertar de mim mesma.