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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Indagações




Por quanto tempo permaneceremos presos nesses círculos
da vida que giram e giram, mas nos levam sempre para o
mesmo lugar?
Por quantas vezes iremos nos forçar a mudar se no final
continuamos sempre os mesmos?
Permaneceremos a observar a vida por de trás dessa vitrine
sem jamais fazer parte da história?
Ainda seria possível começar a existir, ou já estamos perdidos
demais para sermos salvos?
Busquei refúgio nas sombras quando não encontrei as respostas
para tais perguntas, acorrentei-me no silêncio e quando este
era demasiado esmagador, chorei lágrimas de desespero que
eram mais salgadas do que todos os grãos de areia do oceano.
Busquei o oceano e em sua infinita amplitude tentei me confundir
entre as ondas persistentes e deixei que a água me levasse
para o mais profundo poço de minha existência.
Busquei a morte, encontrei desprezo.
Oh céus porque tortura-me com tamanho vigor se nesta vida nada
fiz para merecer tal punição?
Oh céus porque estou eu destinado a sofrer miseravelmente por
pensamentos que me afligem, por sentimentos que me torturam?
Senhor, senti-me triste por todas as vezes que olhei para mim
pois nestes olhos negros pude ver um cansaço de um velho, veja,
sou tão jovem e trago na alma traços de uma vida inteira de desamor,
de desilusão, solidão eterna e incansável.
Por quais razões ainda choro e por quais motivos ainda sofro,
não sei, não saberei, mas dentro do peito o pior de todos os
sentimentos se aloja e a ele chamo desesperança, medo mórbido
de um futuro sem futuro, de uma vida que não vale a pena ser vivida.
Busquei dentro de mim a vontade de continuar, encontrei apenas
razões para desistir.
Busquei amor, encontrei indiferença.
Busquei o fim, encontrei a duvida: E se o fim for apenas o começo?

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

La Mort (A Morte)




" A morte é apenas mais um caminho pelo qual todos
teremos que passar.."
Para alguns é um martírio, para outros um alívio.
A morte as vezes chega sem avisar, arranca-nos de
nossos sonhos e nos leva para o desconhecido.
As vezes é o balsamo que nos salva da tempestade,
como uma saída de emergência em tempos de cinzas e
nos alivia a dor de uma vida que mata aos poucos.
Num mundo com tantos arrependimentos, num mundo
com tantas incertezas, a morte é a única coisa da qual
nós, meros mortais, temos plena convicção..
Ela chega para todos nós, as vezes cedo, as vezes tarde,
as vezes quando menos se imagina, outras vezes já tão
aguardada; Nos leva a todos e nos livra das dores de
uma vida que sorri apenas para poucos .